Dislexia

Três aspectos fundamentais a respeito da dislexia:

 

1. Dificuldade de aprendizagem: primeiro indício.

2. Após seis meses (no mínimo) de intervenção especializada o sujeito não apresenta evolução. Esse critério é fundamental no diagnóstico da dislexia, que é feito por especialistas clínicos (neuro)psicólogos, (neuro)psicopedagogos, fonoaudiólogo, neurologista etc.

3. Alteração na fluência de leitura: principal característica. Essa ocorrência só pode ser verificada em avaliações sistemáticas, pois não é uma marca presente, por exemplo, em quadros de TDAH, que vem a ser confundido em alguns casos, com a dislexia.

 

 

O QUE É

De acordo com o Instituto ABCD (2017) e a American Academy of Pediatrics (2009) a dislexia:

  • é um transtorno neurobiológico da leitura;
  • afeta a escrita em diferentes graus (do mais leve ao mais severo);
  • tem origem genética;
  • é detectada, em geral, no período de alfabetização.

 

 

AFETA

  • a memória;
  • a velocidade de processamento da informação;
  • o gerenciamento do tempo;
  • a coordenação;
  • a automatização.

 

 

TIPOS (BORDER, 1973)

  • disfonética, fonológica ou auditiva: dificuldade na leitura oral de palavras com as quais não tem familiaridade. Dificuldade em converter grafema em fonema (decifrar e associar a letra ao seu som). Isso pode ser explicado por uma possível disfunção no lobo temporal;
  • diseidética, superficial ou visual: dificuldade no processamento visual. Indivíduo lê por meio de análise e síntese fonética (buscando identificar e corresponder som e letra), devido a uma disfunção no lobo occipital;
  • mista: tipo mais severo, que se caracteriza tanto por dificuldades no processamento fônico quanto no visual das palavras, sendo associada a disfunções nos lobos pré-frontal, occipital e temporal.

 

 

Marca principal da dislexia quanto à fluência da leitura

  • Mover os lábios - murmurando - quando leem.
  • Soletrar defeituosamente: ler palavra por palavra, sílaba por sílaba, ou reconhecer letras isoladamente, sem lê-las.

 

Muitos disléxicos se recusam a realizar atividades com medo de se frustrarem demonstrando erros, repetindo o fracasso, criando vínculo negativo com a aprendizagem e atividades coletivas, embora sejam tão inteligentes ou mais que as outras pessoas. As falhas de percepção que apresentam, enfim, são de origem neurológica.

 

Pensar fora da caixinha é o meio para impactar positivamente na vida desses indivíduos que de frustração já conhecem o suficiente. Sem cometer erros de propósito, por preguiça ou se dispersar porque não estão interessados, necessitam de variadas estratégias e flexibilidade por parte do professor, paciência e tolerância.

 

REFERÊNCIAS

TEIXEIRA, S. C. P. Dislexia: estratégias metodológicas e de avaliação de aprendizagem. GrupoSCIO, 2020.